segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Google quer envolver usuários com cuidados médicos



por Mitch Wagner | InformationWeek EUA

Serviço do gigante das buscas é gratuito e popularização tem ocorrido por meio de parcerias

O Google Health pretende permitir que os usuários "se envolvam mais com seus cuidados médicos", disse Roni Zeiger, gerente do produto Google Health. "A medicina continua sendo muito complicada. Os médicos têm pouco tempo para dar atenção aos pacientes nas salas de exame, e cada um de nós, como pacientes, fica com mais responsabilidade ao precisar se cuidar." 
O Google tem sido o grande líder em e-health simplesmente porque as buscas sobre assuntos relacionados à saúde sempre foram populares. Quando as pessoas estão doentes - ou acham que estão -, uma das primeiras coisas que elas fazem é buscar informação online. 
"O que eu sempre escuto dos meus amigos médicos é que, cada vez mais, as pessoas chegam às consultas com uma pilha imensa de perguntas sobre informações que encontraram online", contou Zeiger, que também é médico em exercício. "Às vezes, as perguntas vêm de boas informações, às vezes, nem tanto. Parte da nossa missão é diminuir essa pilha de vinte páginas de perguntas para uma página de questões bem fundadas". 
Isso é bom para o paciente e também melhora a qualidade do atendimento médico. Às vezes, os pacientes encontram tratamentos nessas pesquisas e seus médicos nem sequer ficam sabendo.
O Google Health, lançado ano passado, oferece uma interface na qual os usuários podem inserir as informações. Eles também podem dar permissão para que o Google Health acesse os dados mantidos por vários provedores de serviços de saúde. Por exemplo, mais de 100 mil pessoas, nos EUA, podem dar ao Google Health acesso às copias eletrônicas de seus históricos de remédios prescritos adquiridos em farmácias ou em postos de benefícios farmacêuticos. "O Google Health ajuda a organizar as informações médicas em um ambiente seguro", relatou Zieger.

Parceria

O Google se uniu a outras empresas que também podem usar o Registro Pessoal de Saúde (RPS) para oferecer serviços e informações personalizadas. Associação Americana do Coração, por exemplo, com permissão do paciente, analisa exames de sangue importados dos sistemas de outro parceiro, o Quest Diagnostics, para medir o nível de colesterol e a pressão sanguínea e relacionar esses resultados a outros dados médicos, como, por exemplo, se o paciente sofre ou não de diabetes. Eles podem unir essas informações para determinar os riscos de um ataque cardíaco e dizer o que pode ser feito para diminuir as possibilidades. 
A DMLiveCare, que oferece vídeo-consulta, é outro exemplo. Em parceria com o Google Health, ela permite que os pacientes importem todo seu histórico médico do Google Health por meio de um único clique no site da MDLiveCare. Dessa forma, os médicos têm acesso às informações mais importantes sobre as condições de saúde dos pacientes durante as vídeoconsultas. 
A Clínica Cleveland, um centro médico acadêmico sem fins lucrativos, permite que os pacientes exportem seus registros para o sistema do Google Health. O Centro Médico Beth Israel Deaconess, um dos hospitais universitários de Harvard, uniu seu portal online PatientSite ao Google Health. Outros parceiros também permitem que o Google importe informações médicas, com a permissão dos pacientes, incluindo Allscripts e Blue Cross Blue Shield of Massachusetts. 
O Google Health é gratuito para usuários e parceiros. A empresa espera que quanto mais as pessoas usem os serviços do Google Health, mais buscas elas façam, o que aumenta a renda da empresa. 

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