sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Hospital Regional de Santarém realiza cirurgia de alta complexidade para retirada de tumor cerebral


A equipe de neurocirurgia do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém (PA), realizou, neste mês de janeiro, um procedimento de alta complexidade em uma criança de cinco anos. Marcos Apolo da Silva passou pela quarta cirurgia para retirada de tumor cerebral. A cirurgia durou mais de cinco horas e foi conduzida pelo neurocirurgião Érik Jennings. A família é de Juruti, no oeste paraense.
Segundo o médico, o procedimento realizado em Marcos Apolo era de alto risco, já que “é um tumor grande, além de ser em um local complexo, sendo a quarta cirurgia a que essa criança é submetida. O tumor cresce, a gente retira, faz radioterapia, mas ele não responde bem à radioterapia nem à quimioterapia”, explica o neurocirurgião Érik Jennings.
A mãe de Marcos Apolo, Gelziele Silva, tem acompanhado, sem desanimar, toda a jornada do filho. “O Apolo tem nos surpreendido, tem surpreendido a medicina. Graças a Deus a cirurgia foi muito boa. Ele já saiu do coma e está retomando alguns movimentos. Os batimentos cardíacos estavam muito baixos, a pressão cardíaca também. Mas ele tem reagido bem e eu acredito que ele vai sair dessa”, conta Gelziele.

DIAGNÓSTICO
Desde muito cedo a criança sentia dores na cabeça. Após várias consultas particulares, em 2014, Marcos Apolo foi diagnosticado com um tumor. Imediatamente ele foi internado no Hospital Municipal de Santarém. Dois dias depois, foi transferido para o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) para dar início ao tratamento. No mês de junho, foi marcado o primeiro processo cirúrgico, mas não foi possível retirar todo o tumor do cérebro. No final de julho do mesmo ano, Marcos passou pela segunda cirurgia. O caso do menino sempre foi considerado de alto risco pela equipe médica. Após a operação, ele entrou em coma, sendo que posteriormente o quadro de saúde evoluiu bem.
Nos meses seguintes, Marcos Apolo foi submetido a sessões de radioterapia e quimioterapia. A terceira cirurgia aconteceu em agosto de 2015. Depois do procedimento, a família julgava que o problema havia sido superado, mas no final do mesmo ano, apareceu um tumor de tronco cerebral e medula cervical alta. Por isso, uma nova cirurgia foi realizada neste mês de janeiro.
A criança recupera-se na Unidade de Terapia Intensiva do HRBA. Como continuação do tratamento, ela terá que passar por reabilitação e por novas sessões de radioterapia fracionada para o local específico.

ALTA COMPLEXIDADE
O Hospital Regional do Baixo Amazonas é referência em média e alta complexidades. Sua estrutura tem contribuído para que cirurgias raras possam ser feitas em benefício da comunidade.
O neurocirurgião Érik Jennings destaca a estrutura como diferencial na realização de procedimentos como esse, de alta complexidade. “Se não for um hospital muito bem equipado e com uma excelente UTI Pediátrica, como a que nós temos aqui, esses casos não seriam viáveis. No Norte do Brasil, poucos hospitais têm, na área de neurocirurgia, os recursos que temos aqui”, elogia Jennings.
O Hospital Regional do Baixo Amazonas é uma unidade pública e gratuita pertencente ao Governo do Pará e administrado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob contrato com a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa).


HRBA realiza cirurgia de alta complexidade que corrige anomalia no trato urinário


Aos quatro anos, Arthur Neves já enfrenta um sério problema de saúde. Ele foi diagnosticado com hidronefrose, um aumento do tamanho do rim. Essa semana, na região do Baixo Amazonas, em Santarém no Pará, um passo importante foi dado para sua cura. Arthur foi submetido a uma cirurgia de alta complexidade para correção da anomalia no trato urinário no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA). Arthur conseguiu tratamento em um hospital público, e no interior, às margens do rio Amazonas.
Segundo a família, desde seu primeiro ano de vida, Arthur apresentava um quadro de dor. Mas, por não imaginar o tamanho do problema, e pela cultura, a dor sempre era atribuída a algum tipo de alimentação que o menino consumia. Apenas com três anos, quando a criança aprendeu a falar, o problema ficou mais aparente. Ele conseguia dizer onde doía. Então, veio a desconfiança dos pais: é um problema nos rins. Observando Arthur, os pais perceberam a presença de sangue na urina. “Ele começou a falar e sempre dizia que tinha dor no mesmo lugar: nas costas. Vimos que era na altura dos rins. Então começamos a desconfiar. Um determinado dia percebemos sangue na urina. Fizemos os exames e não deu infecção”, conta a mãe da criança, a enfermeira Vanja Kzan Neves.
Na busca por saber o que estava acontecendo, novos exames foram feitos. Em dezembro de 2014, Arthur passou por uma ultrassonografia no HRBA e foi detectada uma hidronefrose leve. Em junho de 2015, a hidronefrose estava em estágio moderado. Seis meses depois, voltou a aumentar. Então, o médico que acompanhava o caso, decidiu realizar a cirurgia para evitar que a criança tivesse uma lesão no futuro. O procedimento foi realizado no dia 12/01 e durou cerca duas horas e meia.
De acordo com o cirurgião pediátrico, médico Carlos Sinimbu, a cirurgia foi tranquila e o resultado positivo. “Ocorreu tudo dentro do esperado, porque tem uma equipe qualificada, aliada a uma estrutura boa. Agora ele está em recuperação na enfermaria, e vai ficar em casa duas semanas para depois tirar os pontos e o dreno”, explicou.
A recuperação de Arthur já começa a ser comemorada pela mãe. Ela, emocionada, revela: “todo dia ele está evoluindo, apresentando quadros de melhora. Estamos muito felizes com o resultado e pela forma como fomos acolhidos pela equipe do hospital”, declarou a mãe Vanja Neves.
Para o cirurgião Carlos Sinimbu é gratificante poder ofertar no interior um tipo de cirurgia que é comum apenas em grandes centros. Ele comentou que “o Hospital Regional, inserido neste contexto do oeste do Pará, é muito útil porque consegue oferecer, como se estivéssemos num grande centro, todo o suporte e estrutura para casos como esses, que não são simples”.

HIDRONEFROSE
A hidronefrose é o aumento do tamanho do rim. É causada pela obstrução do ureter, que bloqueia o fluxo da urina pelas vias e faz com que o rim se dilate, podendo ocorrer danificações graves no tecido. Ao ficar cheio de urina, o rim não consegue desempenhar a sua função. No caso da criança, foi feita uma pieloplastia para corrigir a estenose de JUP, que é o estreitamento do ureter.


HRBA realiza quase meio milhão de atendimentos em 2015


O Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém (PA), realizou o total de 497.341 atendimentos em 2015. O hospital oferece serviços de média e alta complexidade para a população de mais de 20 municípios do oeste do Pará, estimada em 1,1 milhão de habitantes. Somente no ano passado, mais de 4.300 cirurgias foram realizadas.
Para o diretor geral da unidade, Hebert Moreschi, o comparativo de 2015 com anos anteriores é extremamente positivo, uma vez que foi possível atender em todas áreas acima do que estava previsto. “Levamos à população uma assistência de qualidade e resolutiva, ampliando os serviços de alta complexidade”, destaca o diretor.
O HRBA fez mais atendimentos à população em 2015. Na área de exames, foram 26.751 a mais quando comparado ao ano de 2014. No total, foram feitos 368.249 exames no ano passado. Em 2014 esse número foi de 341.498. Também foram feitas 1.906 consultas ambulatoriais a mais em 2015, sendo um total de 61.992 para 60.086 em 2014. Os atendimentos na urgência e emergência também cresceram, passando de 10.104 para 10.438, assim como a taxa de alta hospitalar, que ficou acima do esperado. Em 2015, quase cinco mil pacientes tiveram alta, sendo 4.919. Em 2014, foram 4.834.

ONCOLOGIA
No HRBA – hospital administrado pela Pró-Saúde – Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob contrato com a Secretaria de Estado de Saúde (SESPA) - os avanços são mais expressivos no setor de oncologia. O serviço de quimioterapia foi inaugurado em 2008, realizando, no ano seguinte, 2.730 sessões. Em 2015, o total de sessões foi de quase 7.900 (volume 188,6% maior que em 2009). Comparado a 2014, o crescimento foi de 6% (quase 450 sessões a mais).
Com a interiorização da saúde, a oferta do serviço de oncologia no oeste do Pará divide com Belém a responsabilidade de dar suporte ao paciente. “O Hospital Regional, com sua equipe médica e multidisciplinar, tem se esforçado para absorver cada vez mais pacientes”, ressalta o diretor Hebert Moreschi.
Em 2010, o Parque Radioterápico do HRBA (conjunto de equipamentos e serviços médico-hospitalares exclusivos para terapia do câncer) começou a funcionar. No ano seguinte, quase 12 mil sessões de radioterapia foram realizadas. Em quatro anos, esse número aumentou em mais de 15 mil, o que representa um crescimento de 127%. Em 2015, 27.125 sessões foram realizadas, cerca de mil a mais do que no ano anterior.
As consultas oncológicas também superaram a meta de 4.904, estipulada para o ano. Mais de 12.400 foram realizadas, mantendo a média de 2014. Em comparação a 2011, o aumento foi de 136% (7.146 consultas a mais).

SATISFAÇÃO
A taxa de satisfação dos pacientes ficou em 86,5%, em 2015. Um aumento de quase 3% em relação a 2014. Dentro dos que avaliam positivamente o hospital, está Luiz de Sousa, de 69 anos. Tanto é que ele já escreveu diversos poemas para elogiar o tratamento que tem recebido da equipe hospitalar. Sousa trata de um câncer de próstata desde o segundo semestre de 2015. “Isso nos toca o coração e nos motiva ainda mais em acreditar e lutar pela vida”, compartilha o paciente. Quase mil pacientes realizam tratamento contra o câncer no HRBA.


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Campanha do HRBA promove a coleta de quase 90 bolsas de sangue


Cerca de 100 pessoas participaram da campanha Eu Compartilho Vida promovida pelo Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA). Foram coletadas 89 bolsas de sangue durante dois dias. Voltado aos colaboradores, pacientes e acompanhantes, a ação buscou incentivar novas doações.


Realizada nos dias 13 e 14 de janeiro, na recepção das Unidades de Terapia Intensivas (UTI’s) do HRBA, a campanha que acontece desde 2012, contou com 97 candidatos no posto de doação, mas oito foram considerados inaptos. “Sem doação, não existe sangue disponível, nem cirurgias. Todos nós podemos vir a ser um usuário e necessitar da realização de uma cirurgia. Portanto, doação é um ato de amor, de carinho e que salva vidas”, lembrou o diretor geral do HRBA, Hebert Moreschi.


Durante a campanha, a enfermeira Lene Cavalcante doou sangue pela primeira vez por incentivo de uma colega de trabalho. “Tem tantas pessoas que precisam, e esse sangue não salva só uma pessoa, pode salvar várias”, revelou Lene. Agora, ela pretende doar com mais frequência.


Gestos simples como o de Lene podem fazer muita diferença na vida de outras pessoas. É o caso de José Estevan da Silva, que realiza tratamento oncológico no HRBA desde o ano passado, e sempre precisa de bolsas de sangue. “Quem puder doar, doe. Há muitos pacientes que nem eu precisando dessas doações”, comentou.


CIRURGIAS
Por mês, o HRBA tem uma média de 360 cirurgias, o que exige um grande número de bolsas de sangue. Mas, em alguns períodos do ano, o número de doações cai, comprometendo o estoque da Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa).  Como entidade que mais consome bolsas de sangue no oeste do estado, o hospital apoia a coleta de sangue.


CRITÉRIOS PARA DOAR SANGUE
Para doar sangue, basta estar: bem de saúde; alimentado; pesar 50 kg ou mais; ter entre 16 (com autorização dos pais ou responsáveis) e 69 anos; não ter tido hepatite após dez anos de idade; não ter doença de Chagas ou contato com o inseto transmissor, o ‘barbeiro’; não ser portador de epilepsia; não ter feito tratamento dentário nas últimas 72 horas; e não ter diabetes. As mulheres devem estar fora do período gestacional e de amamentação. Homens podem realizar doações a cada 60 dias; mulheres, no intervalo de 90 dias.