terça-feira, 1 de março de 2016

Hospital Regional de Santarém realiza workshop voltado para a ética na enfermagem


Para garantir a aplicação da ética e capacitar os profissionais de enfermagem, o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) promoveu no último dia 26/02, o 20º Workshop do HRBA. O evento contou com palestras relacionadas à ética no ambiente de trabalho, priorizando difundir conceitos, atribuições, direitos e deveres. A intenção é fornecer uma ampla formação para que os profissionais desempenhem suas funções com excelência tanto nos princípios técnicos como nos éticos.
O diretor geral da unidade, Hebert Moreschi, afirma que uma das preocupações do hospital é garantir que os profissionais estejam sempre envolvidos e formados com as melhores práticas existentes. “Esse workshop tem foco muito interessante para o profissional da enfermagem, que é falar sobre a ética nas relações. Todo profissional de saúde tem uma grande responsabilidade que é a arte de cuidar dos outros, e essa responsabilidade traz consigo diversas obrigações”.
Três palestras, com os seguintes temas, foram realizadas: Você se considera um profissional ético?Auditoria de prontuários: dicas, esclarecimentos e recomendações sobre o que escrever ou não no prontuário do paciente; e Negligência, imprudência e imperícia: o que significa?


Comitê de Ética
No mesmo dia, durante o evento, foi empossado o Comitê de Ética do HRBA para o biênio 2016/2018, que tem a seguinte formação: presidente, Chrystian Bento; vice-presidente, Ádria Azevedo; secretário, Valter dos Santos; 1º suplente, Ednil Galúcio; 2º suplente, Sandra do Nascimento; e 3º suplente, Glauciene de Sousa.
O HRBA tem cerca de 350 profissionais ligados à enfermagem, por isso é importante se ter um comitê para representar a classe. “É significativo ter, dentro da instituição hospitalar, representação da classe de enfermagem. É um processo de afirmação da categoria, divulgação dos processos, conciliações e esclarecimento de dúvidas”, diz a diretora de enfermagem do HRBA, Daniella Mengon.

O Comitê de Enfermagem teve início em 2009 e o Hospital Regional do Baixo Amazonas é o único hospital do Oeste do Pará a possuir. A enfermeira e vice-presidente do comitê, Ádria Azevedo, explica que o trabalho é muito mais educativo do que punitivo. “O Comitê de Ética de Enfermagem é uma extensão do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) dentro do hospital, que existe para dar orientações ao grupo de funcionários ligados à enfermagem, além de passar casos de denúncias e comportamentos não-éticos desses profissionais, assim como reclamações de acompanhantes”.


Colaboradores e acompanhantes do HRBA aprendem técnicas de ressuscitação cardiopulmonar


Preparar o maior número de pessoas para atuar em casos de parada cardiorrespiratória (PCR). Esse foi o objetivo da ação promovida pelo Time de Resposta Rápida (TRR) do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) durante os dias 25 e 26/02. Colaboradores e acompanhantes receberam noções práticas e teóricas sobre como detectar precocemente a parada e realizar os procedimentos iniciais para ressuscitação cardiopulmonar (RCP).
Anualmente, o hospital realiza o treinamento com todos os colaboradores que não fazem parte da assistência. Os treinamentos para as áreas da saúde têm uma frequência menor, a cada três meses. A intenção é que 100% das pessoas que trabalham na unidade estejam capacitadas para agir ao se deparar com uma situação de emergência. “Queremos alcançar todo o hospital, para quando ocorrer uma parada cardiorrespiratória o socorrista leigo identificar e iniciar as compressões cardíacas até a chegada do TRR. Isso vai diminuir consideravelmente o risco de morte desse paciente”, informa a enfermeira do TRR, Carla Lemos.
O residente multiprofissional de farmácia, Breno Ferreira, foi um dos que passaram pela instrução prática. “Com esse treinamento, a gente já se sente mais seguro em realizar a parte básica. Não tem mais aquele choque de observar a situação e não saber como agir. É muito importante tanto para salvar uma vida, quanto para o bem-estar das pessoas próximas”, diz Ferreira.
Para a diretora de enfermagem do HRBA, Daniella Mengon, é importante preparar as pessoas para saberem lidar com eventuais situações de emergência. “É fundamental que todos que trabalham no ambiente hospitalar sejam capacitados e saibam tomar uma decisão na hora que se deparar com uma situação de emergência, porque o quanto mais rápido a pessoa for atendida, melhor”, explicou.




HRBA na Escola: estudantes recebem orientações sobre como combater o Aedes aegypti


Mais de sete mil estudantes da rede municipal de ensino devem receber informações sobre como combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, zika vírus e chikungunya. A equipe do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém (PA), realizou ações de conscientização em seis escolas de Santarém até o dia 29/02. A abertura do “Projeto HRBA na Escola: todos contra o mosquito”, aconteceu nesta terça-feira, 23/02.
Desenvolvido pelo HRBA desde 2012, o projeto é voltado para a conscientização das crianças, que podem se tornar importantes agentes multiplicadores de informação. “Acreditamos que uma criança bem informada hoje será um adulto saudável amanhã. Ele recebe na escola, dos profissionais de saúde, e leva isso para sua residência, seu bairro. A criança vai ser multiplicadora de um comportamento saudável que vai trazer bons resultados para todos nós”, explica o diretor geral do HRBA, Hebert Moreschi.
Os cuidados devem ser redobrados para evitar a proliferação do mosquito que causou quase 5 mil casos de dengue, em 2015, no Pará. Como a melhor forma de prevenir a doença é evitar que o Aedes aegypti se reproduza, os estudantes estão recebendo orientações para não jogar lixo em terrenos baldios, não deixar garrafas e pneus no quintal e manter fechadas caixas d’águas e barris.
A ideia é conseguir mobilizar toda a comunidade em que a escola está inserida, a começar pelos alunos. “O Hospital Regional traz o conhecimento e essas crianças vão ser usadas como agentes multiplicadores dentro de suas casas para a comunidade em geral, compartilhando a informação. A gente vai repassar quais são as medidas preventivas de controle e eles vão nos ajudar nessa mobilização contra o mosquito”, diz a coordenadora do projeto, a enfermeira Sheila Oliveira.
Solleny Horrane, de 13 anos, cursa o nono ano do ensino fundamental e já está ciente dos problemas causados pelo mosquito. Nesta terça-feira ela aprendeu como prevenir a proliferação do mosquito. “Aprendi a não deixar a caixa d’água destampada, água acumulada em pneus ou água parada”.
O projeto é desenvolvido em parceria com as secretarias municipais de Saúde e Educação, além de universidades públicas e privadas. A seis escolas que irão receber a ação estão nos bairros que apresentam os maiores índices de casos de dengue. “O foco está nas áreas mais carentes, locais em que as pessoas ainda pensam que é dever do poder público recolher o lixo que está na frente de casa. A nossa campanha não é para cuidar da doença, é para evitar”, conta a professora da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Adenilce Rego.

Crianças em tratamento de longa permanência no Hospital Regional de Santarém recebem educação escolar


As aulas da rede municipal de ensino começaram no dia 11/02 em Santarém, no oeste do Pará. Mas, para duas crianças que realizam tratamento de longa permanência no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), o primeiro dia de aula somente aconteceu nesta segunda-feira, 22/02. L.S., de cinco anos, e E.S., de sete anos, têm neuropatia congênita, que acarreta problemas no funcionamento dos nervos, e ‘moram’ na unidade de saúde desde os primeiros meses de vida. E, para que não tenham prejuízos educacionais nem cognitivos, desenvolvem atividades de forma adaptada às suas necessidades, nos próprios leitos do hospital.
As duas crianças são matriculadas na rede municipal de ensino de Santarém, na Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes, e recebem, no HRBA, conteúdo equivalente ao repassado nas escolas. “É um trabalho diferenciado, voltado às necessidades específicas deles. Apesar de o conteúdo ser o mesmo trabalhado na escola, a forma não é, assim como o ambiente e os materiais. Tudo é adaptado, com muitas atividades lúdicas”, explica a professora do ensino regular, Sônia Passos.
Emocionada, a professora da educação especial, Silvânia de Sousa, conta que “é uma satisfação imensa dar aula para essas crianças. Só de ver o sorriso deles ao nos verem entrando para dar aula é emocionante. Melhor ainda é ver o progresso que eles têm tido anualmente”. Ela repassa os conteúdos aos dois por meio de atividades lúdicas e práticas de leitura e de escrita.
O projeto nasceu por iniciativa das mães das crianças, que foram até a escola realizar a matrícula e solicitar à Secretaria Municipal de Educação (Semed) atendimento especializado. A partir disso, a Diretoria de Ensino e Pesquisa do HRBA passou a acompanhar todo o processo de aprendizagem. O projeto Escolarização Hospitalar iniciou em março de 2014, quando E.S. começou a estudar. Atualmente ela já está no 3º ano do ensino fundamental. “Ela tem apresentado um desenvolvimento muito bom. É gratificante vê-la aprendendo”, diz a mãe, Eda Pereira.
Eliana Silva é mãe de L.S., que cursa o 1º ano do ensino fundamental, e ficou feliz em ver o filho retornar às aulas. “Tanto para ele quanto para mim tem sido muito especial. Ele nunca viveu algo assim e tem sido muito bom, está se desenvolvendo bem”, conta.

O diretor geral do HRBA, Hebert Moreschi, destaca que é importante proporcionar a esses pacientes a oportunidade de receberem educação para desenvolverem os aspectos cognitivos e interagir com outras pessoas fora do ambiente hospitalar. “Talvez nunca passasse pela cabeça dos pais que eles pudesse ter, dentro do hospital, a possibilidade de as crianças estarem matriculadas em uma escola. E isso influencia no comportamento. Dar oportunidade para que essas crianças possam estudar traz inúmeros benefícios, tanto no aspecto psicológico como na adesão do tratamento”, finaliza. 

Hospital Regional de Santarém acolhe demanda de câncer infantil no Baixo Amazonas


Ao ser diagnosticado com câncer infantil, o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) na região do Oeste do Pará já inicia o tratamento. É que com a atuação do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) o serviço cobre toda a demanda permitindo assim o atendimento imediato. Sem filas de espera, a unidade oferece tratamento especializado em câncer infantil desde 2013. Inclusive, em 2015 o hospital foi premiado junto à rede Ronald McDonald House Charities (RMHC), em Chicago (EUA), por conta do programa Diagnóstico Precoce, desenvolvido entre os anos de 2013 e 2014 no município de Santarém, em parceria com as secretarias municipal e estadual de saúde.
O diagnóstico precoce amplia as chances de cura no tratamento do câncer infantil. O tema foi lembrado ontem, 15/02, que é o Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil. Segundo o coordenador de oncologia do HRBA, Marcos Fortes, a unidade de saúde localizada em Santarém tem proporcionado uma qualidade de vida muito maior para os moradores da região Oeste do Pará que precisam de tratamento. “Se antes era complicado para adultos realizarem tratamento fora, imagine para crianças que necessitam de mais cuidados porque são vulneráveis. Isso tinha um impacto social muito grande. Também, realizar o tratamento junto com adultos era muito complicado, porque são necessidades completamente diferentes, não só no aspecto médico, mas no aspecto psicológico e social”, conta.
Com seis anos, C. B. está em tratamento contra uma leucemia há seis meses. A avó conta como tem sido o tratamento. “Ele estava no Pronto Socorro Municipal, mas não conseguiram descobrir o que ele tinha e o encaminharam para cá. Chegando aqui, a equipe realizou vários exames e descobriram que ele tinha leucemia. Em seguida ao diagnóstico, iniciou o tratamento. Hoje ele está muito bem, graças a Deus. Tem respondido bem às sessões de quimioterapia e tem evoluído”, diz a avó do menino, Maria do Carmo Brandão.
O empenho e a capacitação fornecida pelo HRBA são fundamentais para agilizar o procedimento e diminuir o tempo de espera que, consequentemente, reduz a mortalidade infantil causada pelo câncer, que se tornou a principal causa de óbito no Brasil (7% do total) entre jovens de 0 a 19 anos de idade. “Foi iniciado o serviço de oncologia pediátrica no hospital para absorver as crianças com suspeita de câncer infanto-juvenil e realizar o tratamento especializado para os casos confirmados, o qual está se consolidando e se tornando referência para a região da Amazônia”, diz a oncologista pediátrica Alayde Vieira Wanderley.
No Hospital Regional do Baixo Amazonas estão em tratamento contra o câncer 38 crianças e adolescentes. Do total, 44% são de leucemia, 21% encéfalo e 6% renal. A unidade de saúde se destaca por fornecer tratamento imediato após o diagnóstico da doença ser confirmado.

Casos

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo no Brasil, nas últimas quatro décadas. Hoje, em torno de 70% das crianças e adolescentes acometidos de câncer podem ser curados, se diagnosticados precocemente. Sendo, os tumores mais frequentes em crianças e adolescentes são as leucemias e os do sistema nervoso central e linfomas. A previsão é de que cerca de 12.600 novos casos da doença sejam detectados no Brasil em 2016, sendo que 1.210 serão no Norte do país, segundo o Inca.