quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Hospital Regional é destaque em revista ecoempresarial amazônica.

Ciência e tecnologia

18/08/2013 - 20h16

Hospital Regional do Baixo Amazonas

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: SENSIBILIZAÇÃO É O PRIMEIRO PASSO

Hospital Regional do Baixo Amazonas - HRBA, localizado em Santarém, vem realizando uma série de estudos e se adaptando para executar, num futuro próximo,  transplantes de órgãos humanos. A unidade de saúde, que é referência na região, já vem mostrando que tem condições para assumir essa função. No ano passado, começaram as primeiras experiências. Dos 19 pacientes que tiveram constatada a morte encefálica, 04, com a devida autorização da família, foram submetidos ao processo de captação de órgãos para a doação. Neste ano de 2013, 07 pacientes internados no HRBA tiveram morte encefácila, mas a família deles não autorizou a doação dos órgãos.

Morte Encefálica - é determinada quando há perda irreversível das funções cerebrais que mantêm a vida. Ou seja, da consciência e da capacidade de respirar. Esse quadro pode ser causado por uma lesão no cérebro após traumatismo craniano grave, tumor intracraniano ou derrame cerebral.  No entanto, o coração do indivíduo permanece batendo por algum tempo e os demais órgãos funcionando. Mas, esse tempo é muito curto, por isso, a constatação desse quadro tem que ser muito rápida para que procedimentos possam ser aplicados para a manutenção desses órgãos que podem ser destinados à doação. 

Para atuar na doação de órgãos o HRBA implantou a CIHDOTT - Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, atuando desde o ano passado, composta por 5 integrantes (um médico, coordenador; um enfermeiro, vice-coordenador; 2 enfermeiros; e 01 assistente social). Mas, a CIHDOTT só tem autorização para atuar dentro do Hospital Regional, e com pacientes internados nesta unidade de saúde. 

Nesse processo cada minuto é precioso, pois depois que cérebro deixa de funcionar a tendência é que os demais órgãos do corpo humano paralisem seu funcionamento em até, no máximo, 05 dias. Constatada a morte, é preciso que haja autorização da família do paciente para a doação dos órgãos; caso a família concorde, a CIHDOTT entra em contato com uma equipe de profissionais de Belém, PA, que vem a Santarém para a captação dos órgãos. Após esse processo , os órgãos são enviados aos seus destinos de acordo com a lista de espera coordenada pelo Ministério da Saúde. 

Os rins e as córneas do doador a gente sabe que ficam no estado, pois aqui no Pará nós temos programas de transplante de rins e córneas. Os demais órgãos são encaminhados a diversas partes do Brasil, seguindo a lista de espera?, garante o médico Emanuel Spósito, membro da comissão de transplante do HRBA. 

Por enquanto, o HRBA está apto apenas para desenvolver o diagnóstico, que constata a morte encefálica do paciente; a manutenção do corpo até a chegada da equipe responsável para fazer a captação dos órgão, que é o terceiro passo. Agora, o hospital vem se estruturando para realizar o quarto procedimento, que é o transplante.

É importante ressaltar ainda que não existe uma idade limite para ser doador de órgãos e tecidos. O que determina o uso de partes do corpo para transplantes é o estado de saúde com base em uma avaliação médica do doador. A cirurgia para a retirada dos órgãos é como qualquer outra e os cuidados com a reconstituição do corpo são obrigatórios. Após a retirada dos órgãos, o corpo fica como antes, sem qualquer deformidade. De acordo com o HRBA atualmente mais de 60 mil pessoas estão na lista de espera aguardando um transplante compatível. 

"O transplante de órgãos é a melhor maneira de se tratar uma insuficiência renal, por exemplo, pois você estará colocando um órgão novo. Então aquele rim que está com problema durante muito tempo até chegar ao ponto de parar e o paciente ser obrigado a fazer a hemodiálise, que na verdade é apenas um paliativo, pode ser substitutido por outro. O melhor tratamento no caso dos pacientes que precisam fazer a hemodiálise é o transplante de rim", informa Emanuel Spósito. Ele também diz que o mesmo vale para quem apresenta problemas no coração, no fígado etc.

O HRBA pretende, em breve, expandir as atividades relacionadas à doação e transplante de órgãos e tecidos. Mas, para isso, além da autorização do Ministério da Saúde, será obrigatória a implantação de uma OPO -Organização a Procura de Órgão, cujas atribuições irão além. Dessa forma será possível fazer o diagnóstico de morte encefálica em pacientes de outras unidades de saúde de Santarém e dos demais municípios do Baixo Amazonas e, se houver autorização da família, encaminhar esses pacientes para o processo de manutenção e captação de órgãos e tecidos. Com a vinda da OPO a gente tem mais liberdade, mais possibilidade de ir até outros hospitais, outros municípios, verificar a situação desses pacientes com mais propriedade. A CIHDOTT é uma comissão muito limitada. O nosso local de atuação é apenas no HRBA. Por exemplo: eu não posso sair daqui do Hospital Regional para ir ao Hospital Municipal para verificar e agir como agimos dentro do HRBA. O ideal seria o HMS ter sua CIHDOTT, isso facilitaria muito?, declara Renê Silva, vice-coordenador da CIHDOTT/HRBA.

Dia Nacional  - a comissão de transplantes do HRBA está organizando uma extensa programação para ser desenvolvida no mês de setembro. Dia 27/09 é comemorado o Dia Nacional de Doadores de Órgãos.

O que você precisa saber:
Há dois tipos de doadores: o vivo e o não-vivo (constatação da morte encefálica).
Órgãos que podem ser doados em vida: um dos rins, parte do pulmão, parte do fígado e medula óssea.
Órgãos que podem ser doados após a morte: rins, pulmões, coração, válvulas cardíacas, fígado, pâncreas, intestino, córneas, ossos, cartilagem, tendão, veias e pele.
Morte encefálica é um lesão irrecuperável e irreversível do cérebro.
É importante lembrar que a família é quem decide pela doação de órgãos.

Como posso me tornar um doador de órgãos?
O passo principal é conversar com a sua família e deixar bem claro o seu desejo. Não é necessário deixar nada por escrito. Porém, os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte. A doação de órgãos é um ato pelo qual você manifesta a vontade de que, a partir do momento da constatação da morte encefálica, uma ou mais parte do seu corpo, em condições de serem aproveitadas para transplante, possam ajudar outras pessoas.

Fonte:http://www.voxgreen.com.br/noticia.php?id=28

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Crianças em tratamento de câncer no HRBA recebem visita do Grupamento Aéreo Guardião 5

Na primeira quinzena do mês de agosto as crianças em tratamento de câncer e internadas na Clínica Pediátrica do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) receberam a visita dos militares do Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará (Graesp), Aeronave Guardião 5. A visita ocorreu na área externa do Hospital Regional onde as crianças acompanharam, juntamente a equipe multiprofissional, a descida da aeronave que atua diretamente nas ações das Polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros no apoio à Segurança Pública e na Saúde com o Serviço Aeromédico.

A ideia de realizar a visita aos pacientes infantis do HRBA surgiu dos Comandantes do Guardião 5, coronel Mauro Tadeu e Major Márcio Bailosa e da Direção do HRBA, um momento de expectativa para as crianças. “É sempre  muito gratificante ver a alegria de volta no rosto destas crianças, que mesmo com tão pouca idade já necessitam lutar com força de gigante pela sua saúde”, declarou o Coronel Mauro Tadeu.


Após a descida do helicóptero e da visita do Guardião 5, as crianças Elida, Luan, Janaina, Lara, João Pedro e Ana Beatriz retornaram para os leitos da Oncológica Pediátrica com muitas histórias para contarem. “Toda vez que temos uma ação de humanização do HRBA ou eles recebem uma visita, nós percebemos que eles ficam muito felizes. Essa felicidade faz um bem tão grande pra eles que nos deixa cheios de esperança”, disse Êda Claudirene, mãe da pequena Elida, 5 anos, que está internada no Hospital Regional desde logo após o seu nascimento.

No site Piloto Policial, (http://www.pilotopolicial.com.br/graesp-visita-criancas-internadas-no-hospital-regional-de-santarem-no-para/), a visita dos militares foi destaque. “A quebra da rotina hospitalar é sempre um agente motivador para quem está internado para tratamento oncológico, principalmente para aqueles pacientes que precisam enfrentar longos períodos de afastamento da rotina normal de atividades. E foi justamente para garantir essa motivação que o Hospital Regional de Santarém firmou parceria com o Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará para que as crianças internadas na instituição conhecessem o Helicóptero Guardião 05 que dá suporte às polícias Civil e Militar e também ao Corpo de Bombeiros, sediado no município de Santarém que atende todo o oeste paraense”, explica a matéria. 
   
O Diretor Geral do HRBA, Hebert Moreschi, falou da importância da parceria com o Grupamento Aéreo. “A vinda do Grupamento Aéreo e do Guardião 5 para nossa região foi algo extraordinário. A sua atuação tem sido importantíssima para dar suporte a nossa Segurança Pública e à Saúde. Muitos pacientes que necessitavam de atendimento de urgência e emergência já foram transportados de localidades distantes para serem assistidos em Santarém. Nossa região tem uma longa extensão territorial e quando falamos em saúde, o fator tempo é fundamental. Além disso, a visita trouxe um momento muito especial de alegria aos nossos pequenos pacientes, principalmente àqueles de fazem tratamento oncológico. Agradeço ao Grupamento Aéreo por essa bela iniciativa”, concluiu Hebert. 



segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Hospital Regional do Baixo Amazonas e Hospital Municipal de Santarém fazem parceria para Captação de Órgãos na Região Oeste do Pará


A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), que é administrado pelo Pró-Saúde, realizou na última terça-feira, 20, a sua primeira captação de tecido especifico (córnea) fora das dependências do Hospital Regional. A captação foi fruto de busca ativa na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Santarém, após um Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), que ocasionou a morte encefálica de um paciente. 

A primeira captação de tecido foi realizada graças ao ato de amor da família, que compreendeu a importância de ajudar alguém. “O paciente era de fora do nosso estado, a família tinha pressa em levar o corpo para fazer o sepultamento e mesmo com a dor da perda eles optaram por doar as córneas. Todo o procedimento durou cerca de uma hora e com o ato, alguém, que nós não conhecemos e que está na espera de um transplante, voltará a enxergar no nosso estado. Isso nos deixa muito mais motivados”, disse a Enfermeira da CIHDOTT do HRBA, Karolina Neves.

Com o tema “Deixe um pouco de quem você ama viver em alguém. Doe órgãos!” a equipe do HRBA, desde 2012, realiza a captação de múltiplos órgãos nas dependências do HRBA. Neste segundo semestre, o trabalho de busca ativa em outros hospitais com potenciais doadores ampliou o campo de atuação. O trabalho que ajuda a salvar vidas também tem um cunho educativo, no qual é feita a conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos. 

O trabalho iniciado pela equipe da CIHDOTT nas dependências do HRBA, segundo o Enfermeiro Renê Silva, hoje possui uma nova tecnologia. "Agora nós estamos trabalhando com um novo método de diagnóstico por imagem, a ultrassonografia doppler transcraniana. Isso possibilita agilidade nos diagnósticos já que o aparelho é portatil permitindo o acesso não apenas no Hospital Regional como em outros Hospitais de Santarém e até da Região", enfatizou Renê. 

A parceria HRBA e Hospital Municipal de Santarém (HMS), de acordo com a Diretora de Enfermagem do Pronto Socorro e Hospital Municipal, Enfermeira Mirna Malcher, demonstra o comprometimento com a saúde pública. “O Hospital Municipal atende pacientes de Santarém e de outros municípios também. No momento que foi detectado um possível doador, imediatamente entramos em contato com o Hospital Regional, e com a comprovação da morte encefálica foi conversado com a família e com a Direção para a realização do procedimento na nossa UTI. Para nós do Hospital e Pronto Socorro é uma satisfação enorme saber que contribuímos para a continuidade da vida, e sempre estaremos a disposição nessa missão de salvar vidas”, afirmou a Enfermeira Mirna.

O Diretor Geral do Hospital Regional, Hebert Moreschi, falou sobre a importância da realização deste procedimento fora das dependências do HRBA. “ O Hospital Regional de Santarém caminha a passos largos para ser em breve um polo para realização de transplantes. Essas parcerias são imprescindíveis para que tenhamos sucesso e várias pessoas que aguardam um transplante possam ser beneficiadas. Mas, é fundamental o processo de conscientização, pois sem a doação o transplante não pode existir. Parabenizo a nossa CIHDOTT, agradeço ao Hospital Municipal pela parceria e, principalmente, a família do doador pelo ato de amor e valorização da vida”, concluiu Hebert.