terça-feira, 1 de março de 2011

Brasil realiza o primeiro transplante de artéria


O aposentado Hamilton Bispo da Conceição, de 56 anos, foi o primeiro brasileiro a ser submetido a um transplante de artéria de doador falecido para evitar a amputação de sua perna direita, comprometida pela aterosclerose.
A cirurgia, inédita no Brasil, foi realizada no hospital São Paulo no final do mês de janeiro.
José Carlos Baptista Silva, responsável pelo transplante, diz que a recuperação pós-cirúrgica no hospital durou dez dias.
- Depois de dez dias, o paciente saiu do hospital totalmente recuperado, sem dor e andando.
Antes do procedimento, Conceição já não podia mais andar. Por causa da doença, passou os últimos meses tomando analgésicos potentes e dormindo sentado, com a perna levemente inclinada, para tentar aliviar a dor.
- Queimava por dentro.
A doença atingiu sua perna direita, obstruiu quase completamente a principal artéria (femoral) e, por consequência, provocou a má circulação. A saída para o problema seria amputar a perna do joelho para baixo.
Conceição é ex-fumante e possui insuficiência renal crônica.
- Tentamos todas as possibilidades de tratamento que existem, mas não deu certo. A solução drástica seria amputar a perna do paciente. Por isso, pensamos que o transplante seria uma boa alternativa.
A equipe entrou em contato com a Central de Transplantes do Estado, que localizou o doador, um menino de 17 anos.
Conceição conta que não temeu os riscos da cirurgia.
- Meu medo era perder a perna e ficar preso a uma cadeira de rodas para sempre.

Fonte: Agência Estado

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Saúde recebe mais recursos mesmo sem CPMF


O crescimento anual do orçamento do Ministério da Saúde foi superior de 2008 a 2010 (6,4%) do que no período entre 2003 e 2007 (6%), quando o governo não contava mais com os recursos da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.  
Os índices - que excluem gastos com servidores inativos, pagamento da dívida e Fundo de Combate à Pobreza - demonstram que o aumento recorde foi em 2009, quando a crise financeira fez com que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro diminuísse 0,6%, enquanto os recursos destinados à Saúde, sem a CPMF, cresceram 14,7%.
No período em que o governo contava com a arrecadação da CPMF, o valor ultrapassou o mínimo estabelecido por lei em 2004 (11,8%) e 2006 (8,3%). A Emenda Constitucional 29 não fixou os índices a serem investidos na Saúde pela União, e o montante é calculado pelo valor do ano anterior somado ao crescimento do PIB.
Estados e municípios devem repassar ao setor de 12% a 15% de seus orçamentos, respectivamente, o que é utilizado como argumento de governadores e prefeitos para a reedição da CPMF.
Fonte: Saúde Business