Élida Sousa, de 7 anos, realiza
tratamento de longa permanência no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA)
desde os seis meses de vida. Ela tem neuropatia congênita, que acarreta
problemas no funcionamento dos nervos. Para não ter prejuízo educacional, Élida
recebe o ensino no próprio leito. Ela cursa o 2º ano do ensino fundamental na
escola municipal Brigadeiro Eduardo Gomes, em Santarém.
Na quinta-feira (10), a menina
recebeu a visita de colegas de turma e de funcionários da escola. “É a
primeira vez que tenho uma estudante dentro de um hospital. É superimportante
essa visita, porque mostra uma nova realidade aos colegas, que ficaram
impressionados com a situação em que ela está. É enriquecedor, porque proporciona uma nova forma de ver o
mundo”, diz o diretor da escola, Raimundo Melo.
“Infelizmente, ela fica restrita ao
espaço do hospital, tem pouca oportunidade de se retirar. E essas visitas, a
educação que vem até ela, os projetos que desenvolvemos são importantes para
mostrar que a vida não é só ficar ao lado de aparelhos. Isso dá uma perspectiva
melhor de crescimento e desenvolvimento a ela”, conta o Diretor de Ensino e
Pesquisa do HRBA, Luiz Fernando Gouvêa.
O projeto de escolarização hospitalar
iniciou-se em março de 2014 e possibilita que as crianças não tenham prejuízo
educacional enquanto estão em tratamento, recebendo atendimento tanto da
professora do ensino especial, como também da professora do ensino regular.
“Aqui no HRBA nós percebemos o ser
humano em todos os seus aspectos. É com muita alegria que conseguimos inserir a
Élida e outros pacientes no programa escolar do município. Dessa forma, ela
pode participar das atividades escolares como qualquer outra criança, mesmo
estando internada, de forma permanente, no HRBA. Isso é verdadeiramente colocar
em prática uma assistência humanizada”, afirma o Diretor Geral do HRBA, Hebert
Moreschi.
“A Élida é uma pessoa muito boa de se
trabalhar. Ela é muito inteligente e interessada, e tem progredido bastante. É
muito importante esse acompanhamento porque ajuda no seu desenvolvimento”,
explica a professora do ensino regular, Samara de Moraes.
Para a mãe de Élida, a visita dos
colegas de turma à filha foi um momento muito especial. “Para mim, como mãe, é
uma emoção sem tamanho. Melhor presente do que esse não existe. Ela poder ver
pela primeira vez os coleguinhas é uma emoção demais”, fala Eda Ferreira.
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