segunda-feira, 28 de março de 2016

Familiares de crianças internadas no HRBA aprendem a fazer ovos de Páscoa


A Páscoa é umas das datas mais esperadas pelas crianças, justamente por conta da tradição de ganhar ovos de chocolate. Pensando nisso, o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) oferece, há três anos, oficina de produção de chocolates aos pais e acompanhantes das crianças internadas na clínica e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica. É uma forma de proporcionar a vivência do período pascal, mesmo que a família esteja passando por momentos difíceis.
Durante o projeto Páscoa no HRBA, os participantes aprendem todos os processos que envolvem a confecção dos chocolates, desde a compra dos produtos e cuidados com higienização, até o acabamento e embalagem. “Para mim é um prazer poder compartilhar com esses pais um pouco do que eu sei, porque, com certeza, eles aprendendo, podem fazer para a própria família. Também é uma maneira de terem uma fonte de renda”, diz a voluntária Francisca Coelho, que ministra a oficina.


Maria Gomes, de 37 anos, participou da ação na semana passada, e agradeceu a oportunidade de aprender a fazer os ovos de Páscoa. Ela tem uma filha de cinco anos em tratamento de leucemia no HRBA. “É o presente para a minha filhota, ela merece. Para mim está sendo muito importante participar desta oficina. Com mais tempo a gente pode aprender a vender. Principalmente eu, que sou de Juruti e venho para cá, já posso estar fazendo para vender e conseguir um dinheirinho extra”, conta Maria.
O projeto acontece há três anos, coordenado por profissionais da terapia ocupacional e da fonoaudiologia. “Primeiramente, o objetivo é vivenciar o momento da Páscoa, já que dentro do hospital, teoricamente, é uma coisa difícil de acontecer, porque o evento está lá fora. A ideia é trazer a convivência para dentro do hospital, para esses pais, em que os filhos enfrentam tratamentos longos”, explica a terapeuta ocupacional Tereza Tavares.


A fonoaudióloga Luhanny Coelho afirma que a oficina de produção de ovos de chocolate é uma forma de proporcionar momentos agradáveis aos pais, para que esqueçam, nem que sejam por momentos, da situação que enfrentam diariamente. “A grande maioria desses pais que estão aqui vem para ficar bastante tempo, então é uma internação muito prolongada, em que eles acabam vivenciando a doença todos os dias. A gente aproveita esse momento de reflexão e traz eles para fazerem coisas diferentes e que também dê retorno para eles”, diz.

Culto de Páscoa
Na manhã da última quinta-feira, 24, o pastor Luiz Carlos Marinho e o bispo Dom Flávio Giovenale celebraram o culto de Páscoa na capela do HRBA, que contou com a presença de dezenas de colaboradores. Após a cerimônia, os religiosos visitaram as clínicas da unidade para abençoar os pacientes e dar palavras de esperança.


O Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) é uma unidade pública e gratuita gerida pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O hospital presta assistência para mais de 1,1 milhão de pessoas em 20 municípios do oeste paraense.


HRBA promove interação entre pacientes oncológicos


O tratamento oncológico é desgastante e longo. Geralmente os pacientes lutam, por anos, contra a doença, passando por sessões de quimioterapia, radioterapia e procedimentos cirúrgicos. O hospital torna-se a segunda cada dessas pessoas. E, para tentar tornar esse ambiente cada vez mais aconchegante, a equipe multiprofissional do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) realiza diversas ações com esse público. Na última quarta-feira, 23/03, foi realizada uma roda de conversas entre os pacientes e a equipe hospitalar. As pessoas puderam compartilhar as suas experiências e conhecer mais profundamente os colegas e vizinhos de quarto. O encontro também teve participação musical.
Marinete Sousa, de 61 anos, está em tratamento há mais de três anos contra um câncer de colo de útero. Ela aprovou a ideia da ação. “Eu achei maravilhoso. Hoje eu saí daqui e fiquei lá acompanhando, cantando os pedacinhos das músicas que eu sabia. Eu espero que isso continue para gente poder se divertir”. Marinete também fala da importância de criar laços com os outros pacientes. “A gente vai se entrosando e forma aquela família. É muito bom, porque as pessoas trazem coisas boas e a gente vai tirando da cabeça essa coisa de doença. É melhor pensar em viver, conversar coisa boa. Eu considero uma privilegiada em poder estar no meio dessas pessoas”, conta a paciente oncológica.
A ação foi realizada em conjunto com a equipe multiprofissional da clínica oncológica da unidade. “Os pacientes ficam internados aqui durante um longo tempo e não é bom que fiquem sem realizar atividade. Eles têm um tempo maior do que qualquer outro tipo de especialidade. Daí surgiu a ideia de fazer um evento que eles pudessem conversar, cantar, para que saíssem da rotina”, diz a enfermeira Poliana Lessa.
Essa troca de experiências pode contribuir com o tratamento, porque os pacientes sentem que não estão sozinhos, e que outras pessoas enfrentam os mesmos problemas – ou até mais graves. “Por nossos pacientes terem um quadro clínico um pouco mais grave que de outras unidades, eles se resguardam muito no leito. Então é todo um trabalho para gente tentar tirá-los do quarto. E essa foi a ideia, de trazer uma pessoa para tocar violão e cantar com eles, interagindo assim. E a gente conseguiu”, compartilha o técnico de enfermagem Henderson Silva.

Hospital
Público e gratuito, o HRBA é gerido pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). A unidade presta assistência para mais de 1,1 milhão de pessoas em 20 municípios do oeste paraense.


Hospital Regional de Santarém investe na humanização do atendimento


Humanizar as relações em um ambiente hospitalar é oferecer um tratamento de qualidade, olhando com atenção para todos os aspectos dos pacientes. E para garantir esse atendimento aos usuários, os integrantes do Comitê de Humanização (CH) do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) passaram por uma formação de dois dias (17 e 18/03) com o coordenador estadual de humanização, psicólogo Luiz Guilherme Martins.
Durante o treinamento foram abordados os principais conceitos da Política Nacional de Humanização (PNH), lançada em 2003. A PNH busca pôr em prática os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) no cotidiano dos serviços de saúde, produzindo mudanças nos modos de gerir e cuidar. Os princípios norteadores são: transversalidade; indissociabilidade entre atenção e gestão; e protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos.
O diretor geral do HRBA, Hebert Moreschi, acredita que não existe assistência de qualidade se não for humanizada, e destaca que é fundamental perceber o ser humano em todas as suas necessidades, não apenas as físicas. “Nós temos essa preocupação de levar não só uma assistência de qualidade, mas, também, humanizada. E isso tem que estar nas veias do hospital, circular diariamente na relação entre as pessoas, na relação entre profissionais de saúde e os nossos pacientes”.
Segundo a presidente do Comitê de Humanização do HRBA, Karina Cunha, o grupo “se propõe a realizar ações e projetos com objetivo de humanizar a assistência, os atendimentos. Precisamos despertar o interesse pela humanização nas pessoas, nas relações, e fazer com que os pacientes se sintam mais incluídos e bem recebidos, por mais que eles estejam passando por uma situação delicada”.
Para o coordenador estadual de humanização, o CH funciona como um dispositivo para o fortalecimento da gestão participativa. “É uma forma de valorizar o protagonismo dos profissionais e a inter-relação entre as diversas áreas e serviços, convergindo esforços para um bem comum. O comitê tem um papel de funcionar como um colegiado gestor, com olhares diferenciados a respeito de todos os segmentos e setores, estabelecendo o fortalecimento da grupalidade”, explica Guilherme Martins.
A humanização não diz respeito apenas ao tratamento cordial, mas, também, ao tratamento efetivo. Para o paciente, o tratamento humanizado significa uma recuperação mais rápida e satisfatória. Para o hospital, uma maior rotatividade de leitos, já que os usuários ficam menos tempo na internação. “Se o paciente é acolhido de forma adequada, com certeza o resultado do tratamento será melhor. E nós não podemos esquecer, também, dos nossos profissionais, ter a preocupação de cuidar de quem cuida, de quem realiza no dia a dia a assistência dos pacientes”, diz Moreschi.


Hospital
Sediado em Santarém, o Hospital Regional do Baixo Amazonas atende a uma população estimada em 1,1 milhão de pessoas residentes em 20 municípios da região do Baixo Amazonas. É o único centro de saúde especializado em oncologia no interior da Amazônia e possui a certificação nível três da ONA – Organização Nacional de Acreditação, o que atesta sua gestão de excelência e alta resolutividade médica. Para isso, a unidade realiza várias ações permanentes de humanização, como a Rádio HRBA, fundada em 2011, que torna o ambiente mais tranquilo e amigável, e o projeto ABC Brincando no HRBA, que proporciona educação dentro do hospital, possibilitando às crianças em tratamento atividades condizentes com suas necessidades e condições de saúde.
Unidade pública e gratuita pertencente ao Governo do Pará, o HRBA é administrado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).


Com 70% do efetivo feminino, HR de Santarém homenageia mulheres


O Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) possui mais de 900 colaboradores, dos quais 70% são mulheres. Esse é um número expressivo para o mercado de trabalho brasileiro. Por isso, as homenagens em comemoração ao Dia Internacional da Mulher se estenderam além do dia 08/03, como forma de incluir o maior número de mulheres. Na programação, constaram entrega de cartões, palestras sobre direito e saúde da mulher, sessões de massagens e realização de exames.



A médica do trabalho da unidade, Marília Godinho, palestrou às mulheres sobre os direitos femininos e saúde da mulher. Apesar de as mulheres terem alcançado conquistas históricas, em relação ao direito ao voto e trabalho, por exemplo, ainda há muitas problemáticas a superar, como nos casos de violência doméstica.
A coordenadora de recursos humanos do hospital, Auricléia Corrêa, diz que é fundamental que as mulheres estejam esclarecidas e tenham conhecimento sobre esses assuntos. Também falou que é importante valorizar as ações executadas pelas colaboradoras. “Uma de nossas políticas é voltada para humanização, então nós, como gestão de pessoas, temos essa missão de valorizar nossas colaboradoras para que elas se sintam especiais, como realmente são no mercado de trabalho”, diz.



As colaboradoras puderam realizar o exame preventivo do câncer do colo de útero e a mamografia, e participar de sessões de auriculoterapia e massagem corporal. Ainda foi ofertado curso de automaquiagem. As mulheres também receberam cartões dos homens que trabalham na unidade, destacando as qualidades admiradas por eles.
A paciente Cecília Oliveira aproveitou a data para homenagear as outras mulheres do hospital por meio do poema Assim é a Mulher, declamado na Rádio HRBA. “Eu fiz especialmente pensando nas pessoas que estão no hospital, passando por dificuldades. E, também, às atendentes, enfermeiras e médicas, como forma de agradecer tudo que fazem pela gente”, conta.



O diretor geral do HRBA, Hebert Moreschi, falou que as mulheres “têm grande responsabilidade sobre o sucesso deste hospital, sobre cada paciente que é assistido aqui. O Dia da Mulher é todo dia, na verdade, quando a gente fala no respeito, reconhecimento e carinho. Mas é importante ter um dia especial para reconhecer esse valor”.