Humanizar
as relações em um ambiente hospitalar é oferecer um tratamento de qualidade,
olhando com atenção para todos os aspectos dos pacientes. E para garantir esse
atendimento aos usuários, os integrantes do Comitê de Humanização (CH) do
Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) passaram por uma formação de dois
dias (17 e 18/03) com o coordenador estadual de humanização, psicólogo Luiz
Guilherme Martins.
Durante
o treinamento foram abordados os principais conceitos da Política Nacional de
Humanização (PNH), lançada em 2003. A PNH busca pôr em prática os princípios do
Sistema Único de Saúde (SUS) no cotidiano dos serviços de saúde, produzindo
mudanças nos modos de gerir e cuidar. Os princípios norteadores são:
transversalidade; indissociabilidade entre atenção e gestão; e protagonismo,
corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos.
O
diretor geral do HRBA, Hebert Moreschi, acredita que não existe assistência de
qualidade se não for humanizada, e destaca que é fundamental perceber o ser
humano em todas as suas necessidades, não apenas as físicas. “Nós temos essa
preocupação de levar não só uma assistência de qualidade, mas, também,
humanizada. E isso tem que estar nas veias do hospital, circular diariamente na
relação entre as pessoas, na relação entre profissionais de saúde e os nossos
pacientes”.
Segundo
a presidente do Comitê de Humanização do HRBA, Karina Cunha, o grupo “se propõe
a realizar ações e projetos com objetivo de humanizar a assistência, os
atendimentos. Precisamos despertar o interesse pela humanização nas pessoas,
nas relações, e fazer com que os pacientes se sintam mais incluídos e bem
recebidos, por mais que eles estejam passando por uma situação delicada”.
Para o
coordenador estadual de humanização, o CH funciona como um dispositivo para o
fortalecimento da gestão participativa. “É uma forma de valorizar o
protagonismo dos profissionais e a inter-relação entre as diversas áreas e
serviços, convergindo esforços para um bem comum. O comitê tem um papel de
funcionar como um colegiado gestor, com olhares diferenciados a respeito de
todos os segmentos e setores, estabelecendo o fortalecimento da grupalidade”,
explica Guilherme Martins.
A
humanização não diz respeito apenas ao tratamento cordial, mas, também, ao
tratamento efetivo. Para o paciente, o tratamento humanizado significa uma
recuperação mais rápida e satisfatória. Para o hospital, uma maior rotatividade
de leitos, já que os usuários ficam menos tempo na internação. “Se o paciente é
acolhido de forma adequada, com certeza o resultado do tratamento será melhor.
E nós não podemos esquecer, também, dos nossos profissionais, ter a preocupação
de cuidar de quem cuida, de quem realiza no dia a dia a assistência dos
pacientes”, diz Moreschi.
Hospital
Sediado
em Santarém, o Hospital Regional do Baixo Amazonas atende a uma população
estimada em 1,1 milhão de pessoas residentes em 20 municípios da região do
Baixo Amazonas. É o único centro de saúde especializado em oncologia no
interior da Amazônia e possui a certificação nível três da ONA – Organização
Nacional de Acreditação, o que atesta sua gestão de excelência e alta
resolutividade médica. Para isso, a unidade realiza várias ações permanentes de
humanização, como a Rádio HRBA, fundada em 2011, que torna o ambiente mais
tranquilo e amigável, e o projeto ABC Brincando no
HRBA, que proporciona educação dentro do hospital,
possibilitando às crianças em tratamento atividades condizentes com suas
necessidades e condições de saúde.
Unidade
pública e gratuita pertencente ao Governo do Pará, o HRBA é administrado pela
Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob
contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
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