sexta-feira, 11 de março de 2016

Mulheres em tratamento no HRBA recebem flores e cartões de pessoas desconhecidas


“Isso é o que faz a gente ter vontade de viver mais e mais, o carinho e o amor das pessoas”, essas foram as palavras da paciente Maria Verônica Lobato, nesta terça-feira, 08/03, Dia Internacional da Mulher, ao receber uma flor e um cartão do Comitê de Humanização do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA). Assim como Maria Verônica, outras 144 mulheres que realizam tratamento na unidade foram homenageadas.
A ação faz parte do projeto Mulher, flor de ouro! - criado pelo Comitê de Humanização do HRBA. As flores entregues às mulheres foram doadas por pessoas que sentiram o desejo de demonstrar o seu carinho por alguém desconhecido, mas que precisa de apoio. As doações foram feitas no sábado, 05/03, de 16h às 19h, no Paraíso Shopping Center e no Rio Tapajós Shopping. Foram montados dois quiosques nos quais as pessoas adquiriram as flores e escolheram, dentre os nomes das mulheres em tratamento, para qual a homenagem seria enviada, junto com uma dedicatória.
A presidente do Comitê de Humanização, Karina Cunha, acredita que atitudes como essas auxiliam no tratamento dos pacientes. “O projeto, além de presentear com uma rosa as mulheres em tratamento, tem como objetivo ajudá-las a manter o pensamento positivo, aumentar a confiança e autoestima, recebendo mensagens de motivação através de pessoas desconhecidas. Também resgata o amor e respeito ao próximo, permitindo que pessoas presenteiem a quem nem conhecem”, diz.
Maria Zélia Marinho realiza sessões de hemodiálise há nove meses no HRBA. Ela conta que nem esperava receber essa homenagem. “Eu achei linda a atitude. Queria dizer muito obrigada para a pessoa que me deu essa flor. Que Deus a ajude e dê muitos anos de vida”. Outra mulher homenageada foi a paciente oncológica Francisca Costa. “É muito bacana essa atitude. Aproxima as pessoas e nos deixa mais feliz, ainda mais aqui no hospital, que atende muito bem todo mundo”.
Durante todo o dia, integrantes do Comitê de Humanização fizeram as entregas. As pacientes dos setores de oncologia e hemodiálise receberam flores naturais. As internadas nas clínicas ganharam flores artificiais, por conta da restrição do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). “Eu agradeço a Deus, primeiramente, e a todos os colaboradores desse hospital. Há três anos eu estou lutando. Já venci um câncer de mama e agora estou enfrentando um câncer de tireoide. Todas as vezes que cheguei aqui eu fui bem atendida, nunca voltei para casa sem atendimento”, conta Maria Verônica.
O projeto Mulher, flor de ouro! -  aconteceu pela primeira vez este ano e, pelo sucesso e grande participação popular, promete se repetir em outras ocasiões. “É uma forma de valorizar, motivar e incentivar as mulheres a continuar o seu tratamento para consigamos a cura ou, ao menos, amenizar a sua dor durante este tempo de internação no hospital. É uma causa muito nobre e nós aproveitamos para agradecer a todos que participaram e colaboraram, que doaram as flores às mulheres que realizam o tratamento aqui”, agradece o diretor geral do HRBA, Hebert Moreschi.
Público e gratuito, o Hospital Regional do Baixo Amazonas é certificado pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) como instituição de excelência. Sua administração é feita pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).









Paciente oncológico se casa no Hospital Regional de Santarém


Após 17 anos juntos, Robson Barroso, 39, e Keulen Galvão, 34, se tornaram, de fato e de direito, marido e mulher. A cerimônia aconteceu na manhã desta sexta-feira, 04/03, na capela do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA). Robson está internado na unidade, em tratamento de câncer.
O pedido de casamento partiu dele, há um mês, quando ainda estava internado no Hospital Municipal de Santarém, com suspeita da doença. Keulen disse que ficou surpresa com o pedido, já que estão juntos há tanto tempo. O casal tem três filhos.
Segundo a presidente do Comitê de Humanização do HRBA, Karina Cunha, o casal apenas havia solicitado uma autorização para a entrada da juíza de paz. “Nós pensamos: ‘por que não tornar esse momento ainda mais especial?’ E, com a ajuda dos nossos parceiros, foi possível. Criar um ambiente hospitalar cada vez mais acolhedor, proporcionando condições melhores e mais humanas aos pacientes do HRBA é uma das nossas principais missões”, conta Karina.
Foi o Comitê de Humanização do HRBA que providenciou todos os detalhes para que a cerimônia fosse emocionante e inesquecível para os noivos. Por meio de parcerias, todos os itens foram doados, como o vestido e o buquê da noiva, a decoração da capela, o bolo e os doces e até o registro em vídeo do casamento. A entrada da noiva foi ao som de um violino.
A noiva ficou muito emocionada ao poder realizar o desejo de casar com o homem amado. “Achei a cerimônia linda, maravilhosa! Foi um sonho realizado”. E agradeceu a todo o esforço feito pela equipe do hospital. “Eu nunca tinha visto um hospital fazer tudo isso por um paciente”, diz a noiva, Keulen Galvão.
A tia do noivo, Valdelina de Sousa, acredita que esse momento vai contribuir muito para a boa sequência do tratamento. “Ao ver que toda a família, os amigos e o hospital estão empenhados, passa uma força muito grande. Eu sou muito grata ao hospital por esse momento proporcionado. Os dois estavam muito emocionados”, agradece Valdelina.
O diretor geral do HRBA, Hebert Moreschi, destaca que o ser humano sempre deve ser assistido em todos os aspectos. E essa tem sido a missão da unidade: proporcionar que os pacientes tenham qualidade de vida, apesar dos problemas que enfrentam. “Foi uma honra e uma grande alegria poder contribuir com a realização do sonho desse casal. Nós acabamos estabelecendo uma relação muito próxima com os nossos pacientes e ficamos felizes e realizados quando podemos fazer a diferença na vida deles. Foi um dia muito especial para toda a família HRBA”, fala Moreschi.
O amor de Robson e Keulen foi testemunhado por dezenas de pessoas que estavam no hospital. O que não faltou foi emoção. “No momento de tristeza, é um belo momento de alegria. A noiva, além de linda, é uma mulher corajosa. Mesmo sabendo que ele está em um estado muito difícil, abraçou a causa. É com esse amor que ele vai ficar firme e forte”, finaliza a tia do noivo, Valdelina de Sousa.












Hospital Regional de Santarém recepciona residentes médicos e multiprofissionais


Referência na formação profissional, o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) recepciona, durante esta semana, os residentes que foram aprovados no processo seletivo da Universidade do Estado do Pará (Uepa). Ao todo, foram 20 na residência médica e 14 na multiprofissional. A unidade de saúde, localizada em Santarém (PA), é destaque no ensino e pesquisa na Região Norte do país, sendo habilitada pelos Ministérios da Saúde e da Educação.
O colombiano Júlio Sanchez, que morava há quatro anos em Manaus, escolheu realizar a residência em Pediatria no Hospital Regional de Santarém justamente por esse motivo. “A residência e o hospital têm fama de excelente qualidade, então preferi vir fazer aqui a ficar em Manaus”, diz Sanchez, que completa: “eu adoro Santarém, o povo é maravilhoso”.
Neste ano, foram preenchidas vagas em nove especialidades para residência médica no HRBA: Anestesiologia, Cirurgia Geral, Clínica Médica, Neurocirurgia, Ortopedia e Traumatologia e Pediatria. E três programas vão ter turmas pela primeira vez: Infectologia, Medicina da Família e Comunidade e Obstetrícia e Ginecologia.
A residência multiprofissional na Atenção Integral em Ortopedia e Traumatologia, desenvolvida no Hospital Regional do Baixo Amazonas, recebeu 14 estudantes, compreendendo os cursos de Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional.
O diretor geral da unidade, Hebert Moreschi, comenta sobre a importância da formação desses profissionais para o Oeste do Pará. “Nós temos uma necessidade em torno de 1.500 médicos e trabalhamos com menos de 300, sendo que desses, aproximadamente 130 atuam aqui no hospital. Com isso nós temos uma ideia do abismo que há entre realidade e necessidade, e da importância desta instituição”, afirma Moreschi.
Ana Elisa Ataíde vai fazer residência em Clínica Médica. Ela se formou em medicina em Belém e, agora, decidiu retornar à terra natal. “Sou filha de Santarém, saí daqui há 13 anos. Para mim foi um grande atrativo pela estrutura do hospital e a possibilidade de voltar para minha terra e prestar serviço aqui”.
Mais de 60 trabalhos científicos já foram produzidos e apresentados por profissionais e residentes do hospital em congressos e fóruns nacionais e internacionais. E o coordenador médico de ensino e pesquisa do HRBA, cirurgião Marcos Fortes, sinalizou que a instituição vai incentivar a prática de produções científicas. Ele também falou sobre os avanços alcançados na área de educação. “Esta é uma luta que começou com um sonho e depois se concretizou de maneira tão fabulosa como esta, que possibilitou termos uma residência em número maior até do que as residências de Belém”.
Segundo Moreschi, esses avanços só são possíveis porque a missão do hospital é formar profissionais para enfrentar a atual carência da região. “Nós temos profissionais qualificados, excelente estrutura e projeto de segurança e qualidade na assistência com certificação ONA. Agora estamos partindo para certificação internacional, que apenas três hospitais públicos no Brasil detêm, e nós queremos ser o quarto”, finaliza o diretor geral.
Hospital

Público e gratuito, o Hospital Regional do Baixo Amazonas pertence ao Governo do Pará sendo gerido pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).



Hospital Regional de Santarém realiza captação de órgãos


A doação de órgãos e tecidos no Brasil ainda enfrenta diversas barreiras, que vão desde o desconhecimento do público doador até o funcionamento do processo de captação, por parte da família. O Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, está habilitado a realizar captações de órgãos, desde 2012. No entanto, até o momento, ainda é baixo o número de doadores. Até 2015, quase 70 notificações de possíveis doadores foram realizadas, mas apenas oito se concretizaram. No sábado, 27/02, foi realizada a primeira captação do ano. 
O doador W.P., de 19 anos, teve morte encefálica. Para o pai, a tristeza causada pela perda do filho pode ser amenizada pela alegria proporcionada às pessoas que receberam os órgãos. “Para mim é um gesto de solidariedade, podendo salvar a vida de outras pessoas. Eu decidi, junto com a minha esposa, a doar os órgãos porque é um ato de amor. Espero poder receber um abraço dessas pessoas que foram agraciadas”,  conta Paulo Pinto.
A diretora técnica do HRBA, a médica Lívia Corrêa, afirma que a doação de órgãos e tecidos é essencial para salvar outras pessoas e a prática deve ser estimulada. “A doação, acima de tudo, é um gesto de amor ao próximo. A família consegue superar a dor que sente da perda do ente querido e tem esse nobre gesto de doar o órgão e tecido que salva a vida de várias pessoas”.
O hospital ainda não realiza transplantes, mas está habilitado a captar válvulas do coração, fígado, rins, córneas e tecidos. Quando há um potencial doador, a Organização à Procura de Órgãos (OPO) comunica a doação à Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO), que aciona o Sistema Nacional de Transplante (SNT) e disponibiliza os órgãos e tecidos para doação. Desde 2012, quando esse serviço foi implantado no Hospital Regional de Santarém, já foram captados 49 órgãos e tecidos.
O crescimento no número de doadores ainda é lento, principalmente em função das barreiras que passam pela falta de informação, preconceito e temor. As principais causas das negativas estão relacionadas ao desconhecimento familiar sobre o desejo de doação do falecido, ao fato de os familiares desejarem manter a integridade do corpo e o receio de haver demora na liberação. A doação também pode acontecer em vida, como rins, parte do fígado e medula óssea. “É impossível termos transplantes sem que haja a doação. As captações de órgãos feitas no HRBA possibilitaram a dezenas de pessoas, que estavam na fila de espera por um transplante, obter essa nova oportunidade, que representa, em muitos casos, a continuidade da própria vida”, afirma o diretor geral do HRBA, Hebert Moreschi.

Processo de doação
Para que uma doação seja concretizada, a família do doador deve autorizar o procedimento. Por isso, é importante expressar, em vida, o desejo de doar órgãos e tecidos. A recusa familiar tem sido fator determinante para que o número de doações permaneça baixo.
A Organização à Procura de Órgãos (OPO) do HRBA tem investido na conscientização da população e na detecção mais rápida e precisa dos casos de morte encefálica - que é a parada definitiva e irreversível do cérebro e tronco cerebral, provocando em poucos minutos a falência de todo o organismo - aptos para doação.