Segundo o médico coloproctologista do
Hospital Sírio-Libanês, Marcelo Averbach, a proposta do projeto foi
possibilitar a realização do rastreamento do câncer colo retal em
populações da Amazônia. “No Brasil não existe uma política definida de
rastreamento do câncer colorretal na verdade quando falamos de campanha
de rastreamento é um trabalho que não tem fim, obviamente as gerações se
sucedem e nós estamos dando o “ponta pé inicial” em um projeto que não
tem data para terminar”, informou o médico Marcelo Averbach após citar
que o município de Belterra foi beneficiado com o projeto devido a
facilidade da pesquisa em uma população pré-definida com dados do
próprio Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que
aponta uma população de 16 mil habitantes.
O Cirurgião do Hospital Albert Ainstein,
Angelo Ferrari, falou que a ideia do projeto é detectar as lesões
benignas e realizar remoção das mesmas logo após a detecção e em casos
de diagnostico de câncer de colo os pacientes serão referenciados para o
HRBA onde será dado o prosseguimento no tratamento. “Este exame permite
que a gente identifique as lesões que após algum tempo podem virar
câncer de colo, então a gente retira essas lesões enquanto elas ainda
são benignas e com isso a gente diminui a incidência do câncer de colo e
a mortalidade do câncer de colo. Esse trabalho esta esquematizado para
durar um pouco mais de um ano, a ideia é fazer mutirões, cada mutirão
terá duração de quatro dias e vai atender até 130 pacientes em cada
mutirão e o total de pacientes ficará em torno de 2,5 mil pacientes”,
disse Angelo.
Para o coordenador de oncologia do HRBA,
Marcos Fraga Fortes, a realização do trabalho de rastreamento de câncer
na região Oeste Paraense complementa todo o projeto desenvolvido pela
equipe de oncologia do HRBA que há aproximadamente seis anos se instalou
em Santarém e iniciou um trabalho minucioso sobre os mitos e verdades
do câncer em comunidades mais distantes. “Este é um projeto muito
importante e que vem de uma continuidade de projetos que já realizamos a
quase seis anos, então nós viemos de inúmeras propostas e investimentos
para que possamos fazer pesquisa, rastreamento, educação, detecção
precoce e isso culmina agora com o convênio com uma relação como com a
Boston Scientific, Sírio Libanês e isso é uma consequência de um
trabalho que vem amadurecendo e trazendo melhores frutos”, Marcos
Fortes.
De acordo com o médico cirurgião do HRBA
Fábio Tozzi, um dos principais apoiadores do projeto, o trabalho
realizado em Belterra poderá repercutir mundialmente uma vez que está
ação promete inovar na detecção e tratamento de casos de câncer. “Esse é
um trabalho importantíssimo que ajudará a rastrear outros tipos de
câncer como o câncer de boca, o câncer da região perianal. É um
trabalhoque permite a população de Belterra o acesso a um programa de
prevenção de ponta, e quando eu digo ponta estou falando de um trabalho
cientifico que tem repercussão mundial que está sendo realizado na
Amazônia e que só deu certo por conta das parcerias firmadas por todos”,
falou o médico cirurgião Fábio Tozzi após agradecer o trabalho de todos
os agentes comunitários de saúde.
O Secretário de Saúde de Belterra, José
Antônio Rocha, reforçou o objetivo da campanha que realizará
atendimentos gratuitos e pesquisa seguindo o novo protocolo para
diagnostico de câncer colorretal. “Essa campanha visa a prevenção e o
tratamento em caso de diagnosticado o câncer de intestino e nós estamos
buscando diagnosticar doenças que possam ser tratáveis ainda em sua fase
inicial é uma ação grandiosa sendo realizada agora em outubro e pra nós
Belterrenses, nós que fazemos saúde em Belterra sem duvida nenhuma
reconhecemos a importância dessa parceria com hospitais top’s no
tratamento do câncer”, declarou o secretário.
O Diretor Geral do HRBA, Hebert
Moreschi, falou da importância de cada empresa e instituição no
desenvolvimento deste projeto que nasce da união de todos em busca de um
bem maios, desenvolver saúde de média e alta complexidade no coração da
Amazônia. “A iniciativa de empresas referencias vindas de outros locais
foi de extrema importância para desenvolver políticas de saúde na nossa
região. Este projeto possui dois objetivos que é desenvolver a pesquisa
cientifica entre a população pré-estabelecida e o segundo detectar
casos de câncer que serão encaminhados para o Hospital Regional que é
referencia no tratamento oncológico na região norte do país”, finalizou
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