Localizado na porção posterior do abdômen, paralelo à coluna vertebral, o rim é um órgão essencial para a vida e possui entre as suas funções a filtragem do sangue, controle da pressão arterial e o estimulo a produção de glóbulos vermelhos bem como da vitamina D, entre outras funções. E, devido sua importância a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) realiza toda segunda quinta-feira de março a Campanha Nacional de Prevenção as Doenças Renais. Em Santarém o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) atende 141 pacientes renais oriundos de toda a região oeste paraense no setor de hemodiálise.
De acordo com a médica nefrologista do HRBA, Drª Ivaneida Pantoja, geralmente os problemas renais não apresentam sintomas, o que dificulta no diagnóstico da doença que necessita ser tratada logo na primeira fase para evitar complicações futuras. “É preciso identificar no meio da população quem são as pessoas com problemas renais e trazê-las para realizar testes. Toda a população deve fazer o exame de creatinina e de urina como rotina pelo menos uma vez por ano, justamente para identificar os pacientes que estão em fase inicial do adoecimento renal”, explicou a médica.
Embora silenciosa a doença renal crônica é caracterizada por uma perda lenta, progressiva e irreversível da função renal. E uma doença que não tem cura mais tem tratamento desde que identificada logo nos primeiros estágios. “O paciente ambulatorial, que não está na fase hemodialítica, recebe o acompanhamento e suporte para que a velocidade de perda renal seja diminuída, ou seja, podemos evitar que ele entre no tratamento de hemodiálise”, continuou a médica.
Em relação a outras doenças que podem desencadear o agravamento de problemas renais, o diabetes e a hipertensão surgem como principais inimigos dos rins e por isso estes pacientes necessitam de maior atenção. “O diabetes e a hipertensão surgem como as duas patologias principais causadoras de doenças renais crônicas e que levam o maior número de pacientes a dependência da hemodiálise, e por isso, é muito importante manter tanto o diabetes quanto a hipertensão sob controle”, informou a nefrologista ao citar que estes pacientes necessitam de um acompanhamento médico diferenciado com a realização de exames de rotina constantes.
Uma orientação realizada pela médica diz respeito a prática de exercícios físicos, a boa alimentação, a quantidade de liquido ingerida, que segundo a orientação médica deve ser de dois a três litros de água por dia. Em relação ao tratamento das doenças renais crônicas, a hemodiálise ainda causa um impacto na vida dos pacientes. “A hemodiálise acaba limitando a vida do paciente que precisa estar no hospital três vezes por semana, no caso de diálise peritoneal, fazer as trocas em casa quatro vezes por dia, e isso causa a limitação da vida social do paciente. Antes de chegar na hemodiálise tem a questão do edema, do inchaço e da anemia que acabam trazendo sintomas ao pacientes antes mesmo dele iniciar o tratamento”, finalizou a médica sem deixar de citar os problemas causados aos pacientes de municípios que não possuem centros de hemodiálise e que precisam deixar sua casa, família e amigos para realizar o tratamento em outras cidades.
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