A Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês) divulgou documento recomendando a inclusão da cirurgia bariátrica entre as alternativas de tratamento de pacientes com diabetes tipo 2 e obesidade leve, ou seja, com IMC (Índice de Massa Corporal) entre 30 e 35. Hoje, a intervenção cirúrgica só é realizada em diabéticos com IMC 35 ou mais.
No Brasil, continua valendo uma resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina), segundo a qual a cirurgia bariátrica só pode ser feita em obesos com IMC acima de 40 - ou de 35, se houver complicações como diabetes, hipertensão ou doença cardiovascular. A entidade afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que vai analisar o posicionamento da IDF e pode rever a regra brasileira.
O anúncio da IDF foi feito anteontem, durante o 2.º Congresso de Intervenção para Terapia do Diabete Tipo 2, nos Estados Unidos. O documento, assinado por 20 especialistas no tema, recomenda também a inclusão da cirurgia no protocolo primário do tratamento de pacientes com IMC acima de 35. Isso significa que a intervenção cirúrgica passaria a ser uma das primeiras opções dos médicos nesses casos.
Segundo Ricardo Cohen, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Metabólica e Bariátrica, a tendência mundial é que o IMC deixe de ser o fator mais importante para indicação da operação e passe a ser a avaliação clínica do paciente e a gravidade de comorbidades como hipertensão e apneia do sono.
- Novos estudos têm mostrado que a mortalidade não aumenta à medida que aumenta o IMC. Essa não deve ser a única ferramenta para determinar o tratamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário